30 de junho de 2006

PANELADA NÃO É PRA QUALQUER UM...
Essa HQ é antiga...
lembrei dela quando
conversava com o Jefferson Portela.

BOLA FORA
Segue um artigo que fiz pro caderno Vida & Arte
sobre a história do Hip Hop na minha vida.

Deve ser publicado na semana que vem,
de acordo com a matéria que o caderno
está promoverá com o movimento.

"É NÓIS MERMO, VAGABUNDO!"
Por Guabiras

"Escutar o Hip Hop é coisa normal
Entender o Hip Hopé onde está o mal" (Código 13)

Dos diversos gêneros musicais que cultuo,
o rap é o mais intenso graças à minha
memória de cassaco que guarda muito bem
os mínimos detalhes que começaram numa
pacata Manibura de 1985.

Vamos lembrar pérolas?
Pois bem! Até então, a música brasileira
sofria um bombardeio nunca antes visto vindo
de um mundo fonográfico pós-punk e
"seja bem-vindo" new wave.
Eu nem tinha endurecido a medula,
mas lembro bem que, pra ser mocinho,
tinha que passar gel no cabelo estaqueado.
Blééé...











Até então, só Afrika Baambaata e Kurtis Blow é
quem havia entrado em terras brasileiras,
devagarinho, rasteiro, de "piano" entre um aperto e outro.











Mas seus trajes eram próprios e suas caras
eram emburradas, então rapidinho os pulmões
de meu irmão e de toda a rua Caiado de Castro
encheram de ar.
Os primeiros scratches que ouvi saíram
de um tal de LL Cool J.
Vinil bonito, ele de touca e blusão,
todo paludo em cima do capô de um carro.
Em cima, um nome amarelo destacado: BAD.
Traduzir o inglês, então, em 1986 era mesmo
que decifrar os códigos da Vinci.
Mas deciframos. Bad é Mal! Grande descoberta!
É legal ser mal!











Não demorou muito pra que, na outra semana,
meu mano pegasse todo seu ordenado e comprasse
o disco de ninguém menos que um tal de BEASTIE BOYS,
outra capa bacana, um avião feito de lápis de cera se
esbarrando num rochedo.

















Euforia total e, daí pra frente, ninguém
mais seria o mesmo. Nem os ouvidos de nossas tias.
Festas de fim de ano, em toda Água Fria,
o que se ouvia no derradeiro final da década de 80
era Fat Boys, Run DMC, Kool Moe Dee, Salt' n Pape,
Mantronix...
Ah, Mantronix! Só de lembrar já me arrupio todo!
















Mas peraí! Ninguém sabe píula nenhuma de inglês,
então como devemos chamar cada faixa?
Bom, que tal "melô"?Melô do Batman, Melô do relógio,
Melô da macumba, Melô do piano, Melô da Zorra,
Melô do Bêbado, Melô do Pichador...

















Logo as rádios tomaram de assalto suas programações rap
e em tudo que era praça da cidade, onde quer que a gente
se virasse havia elementos imitando robô e ciscando
no chão tal e qual galinha no terreiro.

Foi aí que a ficha caiu! Se eles fazem, porque nós não?
Em Sampa,começaram Thaíde & DJ Hum, MC Jack e Código 13.






Era o Hip Hop Cultura de Rua!
Primeiro registro nacional e portas pra
série Funk Brasil que, sob o comando de DJ Marlboro,
teve participações de Regina Casé e Dercy Gonçalves.
Tudo isso o asilado do meu irmão ia arquivando,
seja em discos de verdade, embalados em sacos do Romcy,
seja em fitinhas cassetes, gravadas em programas
apresentados por ninguém menos que (plim!) Paulinho Leme!
Se o passado condena um, outros como Robson Nolasco
é quem comandavam o microfone.




Na altura do campeonato, ah, já sabiamos o que era cada um:
break, hip hop e o rap, coisa que embaralhávamos sem dó.
Só resumindo: break é a dança, hip hop o movimento geral,
desde vocabulário à carteirinha de sócio.
E o rap é o budejo, música e verbo! Foi nessa discussão
que chegamos a definir também que dentro do próprio
gênero existia o lado do bem e o lado do mal.
O mal seria apenas o o rap mais seco, mais desbocado
e que "peitava os ômi", do tipo Ice T e Public Enemy.















Só que esse caminho meio que perdeu a noção do leriado,
ganhou gente realmente ruim (quem matou 2-Pac? Jam Master Jay?)
e atualmente consome a cena - fazendo uma música
por ano e enchendo o casaco de verdinhas.














Aqui no Brasil,
pra se limpar com as "peias" que iam surgindo nos bailes,
os verdadeiros malfeitores da indústria passaram a apostar
no rap açucarado, do tipo Claudinho & Buchecha e MC Marcinho.
Divisões à parte, o funk assume o requebrado e
Fernanda Abreu é funkeira. Argh!
Até um tal de Gabriel, o Pensador, fura o cerco!
Pobre "Tonheta"! Até a Feira do Acarí cai de movimento.
Nessa esfriada, só os Racionais MC's é que vão
amadurecendo e amadurecendo...














chega o meu primeiro sobrinho e daí ganho de lambuja
o acervo que até então eram os melhores que existiam.
E foi pelo rap que conheci o rock, mesmo que as
capas do Iron Maiden tenham me ajudado em alguma coisa.
Cypress Hill e Rage Against the Machine pertencem a esse lado.







Na base da distorção e dos pedais, quem quis viver de rap
teve que usar uma criatividade mais exigente, como
fizeram Black Alien e Chico Science,
ou como acertou o Rappin' Hood, colocando um
sambinha por baixo, depois arrastado por Marcelo D2
numa incrível cara de pau. Atualmente, quem juntar
rap com guitarras não é rapper, é vocalista de Nu-Metal.













É o rap com evoluções e evoluções, capaz de infraquecer,
mas não de morrer, onde uns copiam, outros só ouvem,
alguns revolucionam. Há até os que frescam, como fresca
a Best Girl











É o rap, esse intrigante e ácido gênero da música.
É o rap que você odeia adoidado, mas basta ouvir
umas batidinhas pro seu pé começar a balançar!
E nem precisa ser preto ou favelado!!!

ENQUETE:
Essa saiu até no
programa do João Rufino!

Menos eu e o Luís Henrique!





28 de junho de 2006


Brackstate
Sábado que passou (24/06)
tive com a Thaís e o Tiago
a primeira reunião a respeito
do meu tão alarmante CURTA.

- Thaís Aragão é jornalista,
realizadora audiovisual,
chefe do selo GERADOR e da
ZINCO - pesquisa alienígena
que faz, produz, mexe e divulga
vida underground.
- Tiago Therrien é coordenador
de Audiovisual na Fundação de Cultura,
Esporte e Turismo (Funcet),
aqui da prefeitura. O cara s
aca tudo de vídeo!

Pedaços de panelada foram ingeridos na rapidez
que as idéias iam borbulhando.

De cara, o nome realmente será
GUABIRAS: De Mané a Cartunista


*idéia que tive quando, uma semana antes de
começar a Copa do Mundo, vi o chargista
Clayton se lamentando pelo

telefone de que só os
MANÉS E OS DESENHISTAS É QUEM TRABALHAM
nos dias de jogos
- plim!- Um giro de 360º graus!

Fora isso, iremos realmente misturar
vida real (bastidores, topadas e contos bizarros)
com filme de boneco (nada de equipe super-poderosa,
eu mesmo vou desenhar!).

3 temas centrais envolverão os quase
16 minutos de iternidade:
1- Guabiras (Quem? Onde? Porquê?)
2- A Manibura (Degradação da natureza

e avanço da urbanização acelerada)
3- Ganha-pão (O que é ser cartunista
numa terra quente como essa)

Filmagens e cagaços devem começar
no derradeiro trimestre de 2006,
tempo suficiente pra eu ajeitar as
goteiras e tirar os caminhos de
cupim do quarto.

Pra não perder o costume,
aí vai a despesa do
Canto da Arraia (jardim das Oliveiras)
prestada durante
Argentina X México




















Verdade,
faltou a água com gás...
Arriégua!
Todo dia a gente
acha A maior BANDA
da nossa vida!
>> AQUI<<





ESSA É A VERDADE:
Somos todos filhos de
um mísero átomo de Q-boa

RAÇA INTERMINÁVEL...
Mais uma duplinha de fuleiragens:

CARTUNISTA COALA

Dá até pra ganhar Salão!

Aí vai uma HQ feita pelo primôgenito
Luís Henrique, que tem 7 anos e
só não tomou meu lugar (ainda)
aqui no Jornal porque costuma
levar a preguiça a sério.

De folga da Casa de Detenção Escolar,
sábado lá em casa, ele criou essa
histórinha na mesma rapidez que
devora um copo de bananada com Ruffles.

Pra que você não fique boiando,
segue a legenda de cada balãozinho:



















1- Duas fíguras estão discutindo.
Mulheres, pois uma chama a outra de "bestada"
2- O bate-boca acaba em briga
e uma delas "perde"
3- A agressora é presa pela Polícia Marítima
4- Numa cela, ela passa a pedir socorro
"ninguém vai me salvar..."
5- Sem paciência, a detenta resolve fugir
por conta própria "Eu miscapei"
6- Ela troca umas idéias com um
possível pé de pau,
no mínimo, pra pedir conselhos
7- Dribla a Polícia que já tá
sabendo de sua fuga
8- Dribla outra Polícia que
também já deve saber de sua fuga
9- Arrá! Peguei você!!!
E a vingança vem a troca de bala!
10- A vítima morre e
o enterro é realizado
11- O tempo passa...
Repare na chuva que dá idéia de período
12- A defunta ressuscita pra desepero
da assassina. Agora a Vingança virá do outro lado

*Se quiser saber o restante da história,
espere sentado pela força de vontade
do meu filho, que numa hora dessa já
está carimbando com boladas o portão da minha mãe !

Mais traquinagens dele e de sua irmã Lívia AQUI:
Escutar o hip hop é coisa normal,
entender o hip hop é onde está o mal...
(Código 13 - 1989)

COMER, COMER...


8 páginas!
Uma singela homenagem
a minha Terrinha Natal!
(é só clicar que elas arreganham!!!)







































































































































Sucessor de Togakuri 2
Luís Henrique e suas perversas influências!
Bob Esponja, Patrick e Gary, o caracol - mascotinho


26 de junho de 2006

LÁPIS DE COR AGUARELA
Infográfico

21 de junho de 2006

1993
Depois de uma chuvarada doida,
vem o mofo e a gente é obrigado
a derrubar o que tem pelo
guarda-roupa.

Quando o genitor deu as costas
peguei dele essa foto batida lá
na bodega do Arlindo,
atual churrascaria dos
piratas do Parque Manibura.

Aquele que adivinhar quem é meu pai
eu pago uma porção de camarão lá.

Dica nº 1:
Ele acha que é o Kid Morangueira
e atende pelo nome de Bigode de Piaçaba




HQ oleosa criada
duas da manhã na beira do fogão
(é só clicar que ela arreganha)



DICA SANGRENTA

"— O Batman só prende,
o Justiceiro taca logo é bala!"




















Nunca entendi porque o Batman
é o Cavaleiro das trevas, se o cara
paga tanto pau pros bons costumes!

Mas a frase de cima é do Luís Henrique,
depois que começou a sacar que as histórias
do bichão da caveira é que são bagaceira

Nesse crossover lançado em 1996
o Justiceiro invade Gothan pra pegar Retalho,
que tá chapa do Coringa e, como sempre,
planeja consumir o submundo...
mas ninguém menos que ele,
Batman, o grande padre samaritano, impede.

Em um lance,
o caveira está com o cano do revolver
na cabeça do Coringa - restando apenas apertar.
Mas Batman diz "Coringa, corra!"
e o infeliz ganha o mundo...
— Mó paia! Diz meu filho!

PENSAMENTOS DE CADA UM
Justiceiro:
— O Batman é forte, mas não passa
dum mané fantasiado. Mesmo assim,
eu respeito isso.
Batman:
— O Justiceiro é só força bruta e ódio,
eu NÃO respeito isso.


O Luís henrique pode não ler ainda
como Leonardo da Vinci ou entender
completamente uma Sin City,mas

pra analisar bem que nos quadrinhos
um é um e outro é outro,

chega a impressionar pros seus apenas
7 anos de pirulitos.

O melhor lance da revista, porém,
é o belo murro que Batman leva
do Justiceiro. Pááááá...
Esse sim ele vibrou!





Nosso senhor tem
cada morador nesse mundo...
(é só clicar que ela arreganha)

20 de junho de 2006

foda!























SÓ DE AGÁ
Capa de um dos meus borrões de rascunhos

killing in the name
(é só clicar que ela arreganha)

POIS É...
(é só clicar que ela arreganha)


CACOS DA INFÂNCIA - 01

Tudo que eu queria na minha infância
era comer um ICE POP!



















Cansei de imitar essa menininha quando
ficava só na maldita vontade...
din din de rico, lembro que era assim que
minha mãe chamava.
Lembro também da única vez que provei,
que felicidade!
Nós voltavamos do Supermercado Cobal
(Av. Oliveira Paiva/1984), daí tinha um
"já chupado" no chão, mas ele tinha ainda
dois dedinhos de suquinho dentro...

não me contive!
Meu Deus eu não me contive!!!
FALA SÉRIO!













Aqui na Editoria de Arte,
eu, o Carlus e o Naudim
queriamos entender porque
só as pessoas do caceta
é que se vão...

enquanto o mundo continua
impestado de Moronis e Hucks...

19 de junho de 2006

TODO PIVETE TEVE
SEU HERÓI PREFERIDO!
Essa HQ exclusiva está
no Macarrão com Leite Moça.
Vai aí somente duas páginas
pra deixarem vocês com vontade
de comprar o zine.. hehehe
(é só clicar que ela arreganha)









































DICA SANGRENTA:

Porra! mas o que é isso?
A capa é rosa, todo traço por dentro
é no fio rosa e de cara, o livro mas parece
uma agenda de menina bocó.
Verdade... mas só parece!

Se você se deparar com Bambi
(Editora Conrad R$ 22 média) por aí,
compre!
Principalmente se você adora quadrinhos com
quebra-pau, bala perdida e sangue a rodo.
Bem feito, lógico!
Bambi é Mangá, mas não é gasturento!
Como a regra, começa de trás pra frente
e, logo de cara, um cano de revolver aponta
bem pro meio dos teus olhos!
— Sou Bambi! Se piscar, leva pipoco!


Ela esfola, ela estripa, ela é esperta que nem presta...
sequestrou um pivete de 5 anos e vai levá-lo na marra

para os "velhos", só que no caminho terá que enfrentar
elementos das mais altas periculosidades da cidade,
afim de paparem a recompensa: 500 milhões de notas-japas.

Mermão! O mais invocado dessa melhor leitura do ano
é que eles NÃO CONSEGUEM!

E ainda tem continuação...