27 de julho de 2009

É DAS BRENHAS QUE SAI COISA BOA!

Dia desses estive zanzando pela
famosa "Feira dos Pássaros", situada
na também famosíssima Lagoa da Parangaba.
-Regional 4 de Fortaleza/Ceará.

O lugar continua exuberante:
Uma ou duas novas histórias sobre
os jacaré que moram na própria lagoa,
dois bebuns disputando a última dose na faca,
o tradicional cheirinho de mijo misturado com
espetinho de frango e o desfile infernal de
tudo quanto é malaca por tudo que é lado.

Mickey Rourke iria se esbaldar, se visitasse
um dia a Lagoa da Parangaba.
.
Pois bem,
antes de sair fora - bucho cheio de cuscuz com
rim de boi assado e muita caipirágua (colocam tanta
água na caipirinha que as negradas rebatizaram a
parada de caipirágua) - ouço na surdina
as instigantes batidinhas do Freestyle [AQUI].
Pá!
Encosto na barraquinha pra saber se o carinha
tinha algo especial além disso. Freestyle já tenho.
Quero mesmo é algo perdido do meu sub-consciente,
mas que não encontro nem no mais sombrio dos
sites pra download. Ou não sei é o endereço certo, sei lá.

—Apois você escolheu o navio pirata exato, meu chapa!
Já ouviu falar de Tecno-brega?
Me arrupiei todo!
— Caralho... baixei essa porra dia desse e ainda tô me abrindo.
— Pois te apresento a maior de todas as coletâneas desse
novo ritmo que... que... que....
— Que vai já já estourar?
— É... bem, nem tanto... ré, ré...
.
Verdade!
O Tecno-brega é uma mistura de letras românticas,
no mais meloso estilo Ritchie de ser (Chegando a beirar o
ridículo com o engraçado ao mesmo tempo) somado com tudo
que é batida eletrônica ressuscitada das discotecas dos anos 80
(eis aí o motivo dessa saborosa marmota se encontrar junto
com Freestyle - a ameba eletrônica do rap de boate).

Mas esse estilo exótico, patrimônio das selvas do norte brasileiro,
não tem mais o que render porque já chegou ao seu extremo.
Existem milhões, microscopicamente milhões de bandas tecno-brega,
mas nenhuma atravessou nadica além dos buracos de lá mesmo.
Aliás, houve uma.
A tal Calypso.
Essa evoluiu trezentos bilhões de anos
(no meu profundo e respeitado ver, regrediu!)
pra desembestar no resto do país. E só.
Fez falta?
Não!
Aldeias e buracos do Pará continuam adorando
o tecno-brega como seus ancestrais faziam com a lua e as estrelas.

Bandas como Amazonas, Tropical, Tupinambá, AR 15,
Tecnolypso e Tecnoshow continuam criando suas pérolas
fofas de trashes, maravilhosas de bizarras, explendidas
de absurdas, totalmente essenciais para uma
pessoa canalha (no sentido fuleira!!!) que nem eu:

"Ei amor, retorne as ligações/que fiz ontem pra você/
chega de caixa postal/Se toca o despertador/ou campanhia/
eu logo penso que é você/
Piririm pim pim/telefone toca/é madrugada/e não é você/
Pirirm pim pim/to te esperando/deixa de orgulho/
e vem logo me ver"
Piririm pim pim

"Não quero casar/pare de insistir/
Vou dançar é turbinado/do Jurunas Nery Som"
Vem dançar o Turbinado

"A noite cai/ninguém me segura/vou pro Crocodilo/
com DJ Mário e Dj Júnior/Animal é o agito/"
Brega do Crocodilo Pitch

Isso, com os senhores do squatche mandando
as mais desesperadas batidas e ruídos.
Imagine algo como os Beastie Boys recomeçando
do zero, depois de cair de avião em plena floresta amazônica.

É baixar e chorar de rir até num poder mais.

[AQUI], [AQUI] , [AQUI] , [AQUI] e [AQUI].

2 comentários:

Lorena Portela disse...

geniais! geniais!

só menos geniais que vc.

hehehhee

beijo.

DJ ED disse...

Olá. Sou DJ numa cidade mineira. A duas semanas o Dejavu "estourou" por aqui. Sinceramente é um ritmo totalmente diferente dos já cansados existentes no mercado. É alegre, "divertido" e excitante (no sentido de dançar mesmo). Toco em tudo que é estilo que imagina, de festa de 1 ano até 86 (uma semana depois a velhinha falaceu... mas foi feliz), e o estilo tecnobrega arrasa mesmo.

[]´s